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PATOLOGIA EM REVESTIMENTO: APLICAÇÃO CONVENCIONAL DE REVESTIMENTO DE ARGAMASSA COM GESSO EM CONSTRUÇÃO CIVIL
Por
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RC: 29491 -09/05/2019
ARTIGO ORIGINAL
SANTOS, Marcos Pinheiro dos [1], FROTA, Arlindo Rubens de Oliveira [2], FERREIRA, Edson Andrade [3]
SANTOS, Marcos Pinheiro dos. FROTA, Arlindo Rubens de Oliveira. Patologia Em Revestimento: Aplicação Convencional De Revestimento De Argamassa Com Gesso Em Construção Civil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 01, pp. 182-195 Maio de 2019. ISSN: 2448-0959
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RESUMO
Este trabalho aborda a temática das patologias em construção civil ocasionas pelo uso da argamassa com gesso. Dessa forma, a pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de analisar as causas das patologias em reboco que utilizam gesso na composição e sua relação com a qualidade do traço ideal e a execução. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico para embasar a pesquisa a respeito das ocorrências de patologias em construções civis pelo uso da argamassa com gesso. A seguir, foram identificadas e analisadas as literaturas que tratam das patologias, no intuito de compreender e responder ao objetivo da pesquisa. Os resultados permitiram a compreensão de que as patologias ocorrem quando a argamassa e o gesso são mal utilizados ou quando são utilizados nas proporções inadequadas possibilitando a incidência de patologias para as edificações. Como contribuição, espera-se que a presente pesquisa sirva de embasamentos para futuros estudos na área da construção civil, bem como para refletir sobre os danos que as patologias podem acarretar para as construções e moradores. Sendo assim, a realização do trabalho torna-se relevante, pois cria um banco de dados os estudos das áreas afins.
Palavras-chave: Construção Civil, Argamassa, Reboco, Patologias.
INTRODUÇÃO
Partindo do pressuposto que o reboco ou emboço como também é conhecido, se refere a um tipo de revestimento que irá determinar o acabamento de uma obra e se aplica a qualquer serviço de construção. Segundo especialistas e profissionais da Engenharia Civil, trata-se de uma das partes mais importantes da obra, pois, o revestimento é o aspecto definitivo da obra.
Nesse sentido, merece destacar ainda, situações onde se tem o uso de aditivo utilizado para evitar a penetração da água da chuva com o uso de um impermeabilizante indicado para essa função. Esta questão nem sempre é considerada com os cuidados necessários e a consequência imediata é o aparecimento de manchas de umidade internamente e desagregação do reboco externamente (SZLAK et al, 2003).
Partindo dessa primícia, o presente trabalho abordará a temática “patologia em revestimento: aplicação convencional de revestimento de argamassa com gesso em construção civil” com ênfase para os fatores e acontecimentos que impactam de forma negativa a má aplicação do reboco. Nesse sentido, a pesquisa tem como objetivo analisar as causas das patologias em reboco que utilizam gesso na composição e sua relação com a qualidade do traço ideal e a execução.
Visando responder ao objetivo geral a pesquisa teceu alguns objetivos específicos como: Descrever as características do reboco com gesso como revestimento de paredes, constituição, comportamento e patologias; Estudar a tipologia de patologias mais frequentes em rebocos que utilizam gesso e as causas prováveis associadas a estas tipologias; Conhecer as principais técnicas de reparação dos danos decorrentes das patologias de rebocos com gesso considerando os produtos disponíveis no mercado e métodos de aplicação e consequente análise e tratamento.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
O presente artigo tem por finalidade analisar de forma bibliográfica causas das patologias em reboco que utilizam gesso na composição e sua relação com a qualidade do traço ideal e a execução. Partindo desse preceito essa sessão aborda os conceitos e definições sobre aspectos históricos da engenharia civil e da argamassa. A sessão tece ainda uma abordagem sobre rebocos de argamassas, tipos de argamassas de revestimento de paredes, argamassa com gesso e patologias e principais causas de degradação.
Segundo Hirschfeld (2006) rebocos referem-se a parte de revestimentos muros e paredes, que tem função de proporcionar a visão estética do imóvel ou de qualquer tipo de obra. No entanto, o reboca é fundamental em uma obra, pois, o mesmo dar suporte para o revestimento, pintura, decoração e ajuda no processo de impermeabilização.
Dessa maneira, é preciso que sejam tomados os devidos cuidados na execução e aplicação do reboco, para que as situações onde se notam falhas no mesmo não sejam frequentes. Em diversas obras, o reboco acaba por não receber a importância que lhe é devida. Seja por desconhecimento, seja por economia, ou, seja por negligencia por parte dos profissionais envolvidos. Nota-se que a questão do prazo para finalizar a obra é o principal fator que causa o aparecimento das patologias mais comuns do reboco o que compromete a sua resistência e durabilidade (CINCOTTO, 2003).
Dessa forma percebe-se que a aplicação do reboco é muito importante, pois ela garante a proteção externa das paredes, diminuindo os possíveis danos à saúde do morador, como a estabilidade da obra (COGORNO, 2013).
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. PREMISSAS
O presente trabalho tem por objetivo analisar de forma bibliográfica as causas das patologias em reboco que utilizam gesso na composição e sua relação com a qualidade do traço ideal e a execução. A primeira sessão apresenta a contextualização do tema, as premissas da pesquisa. A segunda sessão refere-se aos aportes teóricos abordando breves aspectos históricos e conceituais sobre a engenharia civil e o uso da argamassa, rebocos de argamassas, tipos de argamassas de revestimento de paredes, argamassa com gesso e patologias e principais causas de degradação. A terceira sessão trata da metodologia aplicada. A quarta sessão discorre sobre os resultando e discussões apresentado os fatores que influenciam no desenvolvimento de patologias relacionadas com a má aplicação do reboco e argamassa. Por fim a conclusão apresenta as resposta aos objetivos da pesquisa, ressaltando a importância do revestimento na conservação da obra e da saúde dos moradores prezando pela qualidade.
2.2 BREVES ASPECTOS HISTÓRICOS DE ARGAMASSA E REVESTIMENTO
2.2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Segundo esclarece Tozzi et. al (2009), a origem das argamassas data da era primitiva onde o homem já convivia com a necessidade construir abrigos que suprissem as particularidades do seu modo de vida e questões básicas de sobrevivência. As argamassas foram produzidas e utilizadas por povos antigos tais como os Astecas e até mesmo as populações que habitaram na antiga Galileia, chegando a Roma clássica.
Dessa forma, as argamassas atravessaram diversos estágios de desenvolvimento, de maneira a seguir uma linha de evolução dos conhecimentos, explicitamente, no que diz respeito à introdução dos ligantes. Foi com a descoberta do fogo que se teve a possibilidade de descobrir as características aglutinantes das argilas e calcários quando em contato com a água (BESSA, 2010).
Conforme Azeredo (2007), os primeiros fornos conhecidos para a produção de argamassas surgiram há cerca de 10 000 anos, sendo feito de cal de pedra calcária, a cal viva, e evoluindo até chegar à cal hidratada utilizada atualmente.
A história remonta que a cal hidratada foi o primeiro aglomerado considerado hidráulico formado por um pó branco e fino. Já outro produto obtido por meio da cozedura foi o gesso; sendo o uso de aditivos, iniciado pela civilização Romana. Eram utilizadas argamassas constituídas por cinzas vulcânicas, pó de tijolo, areias, cal hidratada e matérias orgânicas como gorduras, sebo de boi, borras de azeite, dentre outros (AZEREDO, 2007).
Segundo Baia e Sabbatini (2000), o aparecimento da argamassa como ligantes nas construções surgiu através de estudos desenvolvidos pelo engenheiro John Smeaton em meados do século XIX na Inglaterra, seguido por Joseph Aspdin em 1824 com a patente do cimento Portland.
Sendo assim, todo material empregado nas construções civis que levava os componentes da cal hidratada era desenvolvida no próprio local da outra sem nenhum tipo de beneficiamento, sendo utilizada de acordo com a aplicação pretendida (BAIA, SABBATINI, 2000).
2.2.2 CONCEITOS BÁSICOS
Para compreendermos o conceito de argamassa é necessário entender que os revestimentos ou acabamentos consistem na aplicação dos materiais que finalizam as superfícies de uma obra. Dessa forma, pode-se considerar três tipos de revestimento como os de paredes, pisos e forros ou tetos. Obedecendo a esses princípios a NBR 13279 estabelece que o revestimento engloba a aplicação da argamassa como acabamento decorativo para a finalização da obra (MIRANDA, 2005).
Segundo Azevedo (2004), o revestimento consiste no acabamento de paredes, pisos e lajes que levam a aplicação de argamassa colante e argamassa de rejuntamento na finalização da obra, pois essa aplicação é responsável pela parte estética da construção.
Nesse sentido, Borges (1998), estabelece como argamassa a composição de mistura de cal, cimento e areia, utilizado como colante de tijolo e no acabamento de paredes, bem como na aplicação de emboço, reboco e chapisco.
Partindo dessa definição Azevedo (2004) classifica a argamassa de acordo com sua função. Assim, a argamassa tem papel de propor aderência em superfície lisas facilitando o acabamento ou aplicação de outra camada, sendo muito utilizada no chapisco, emboço e reboco e em todo processo de acabamento da obra.
Nesse contexto, Carasek (2009) estabelece que a argamassa pode ser dividida da seguinte no processo de acabamento e revestimento: camada única, emboço, reboco e decorativa.
2.3 TIPOS DE ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO
Levando em consideração a classificação de Carasek (2009) que estabelece a argamassa de revestimento como emboço, reboco, decorativa e camada única, de acordo com sua aplicação.
Segundo Gomes (2002) o conceito mais aceito cientificamente para o termo argamassa é estabelecida pela ABNT / NBR 13529 (1995), que a define como:
“uma mistura constituída de aglomerante(s) hidráulico(s), agregados minerais e aditivo(s), que possibilita, quando preparada em obra com adição exclusiva de água, a formação de uma massa viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de peças cerâmicas e de pedras de revestimento” (GOMES, 2002, p. 01).
Considerando a funcionalidade da argamassa Carasek (2009) cita que a mesma é utilizada na construção de alvenarias, em revestimento de paredes e tetos, pisos, cerâmica, e recuperação de estrutura. Essas tipologias de argamassa são eficientes em assentamentos, fixação, vedação, contrapiso, colante, rejunte, e reparos.
Segundo Veiga (2003) a argamassa está dividida em hidráulica natural e artificial, argamassa de cimento, aérea aditiva, de cal aérea e cimento, utilizada principalmente em paredes de edifícios antigos para recuperação e fortalecimento da estrutura da obra.
2.3.1 REBOCOS DE ARGAMASSAS
Conforme Zulian (2002) o reboco de argamassa consiste na composição de areia fina e cal hidratada, sua função é diminuir a porosidade, preparar a superfície para a pintura, proporcionando um aspecto agradável e estético. O reboco de argamassa facilita o acabamento, pois trata-se de um revestimento fino.
Dessa forma, para melhor compreensão Carasek (1999) conceitua a argamassa como sendo um material de construção constituído pela mistura homogênea de areia, água e aglomerantes ou ainda aditivos e adições minerais com propriedades de aderência e endurecimento, utilizado para reboco e revestimento de obras. Nesse sentido, pode-se ainda dividir o reboco de argamassa da seguinte forma de acordo com suas funcionalidades, como mostra a tabela a seguir:
Tabela 01: Aplicação do reboco de argamassa.
AplicaçãoAmbiente de aplicaçãoTipos de acabamento
RebocoInteriorEstanhado
Camada de acabamento arenado
Areado direto
Colagem de cerâmicos
ExteriorCamada de acabamento arenado
Areado direto
Colagem ou fixação mecânica de cerâmicos ou rochas ornamentais
Fonte: Adaptado de APFAC (Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção) sobre Argamassas de Construção, disponível em: [www.apfac.pt].
Dessa forma, Fiorito (2007), esclarece que o reboco e revestimento feito com a argamassa a bases de cimento, areia e gesso compreende tanto as técnicas tradicionais, quanto as técnicas da argamassa mista.
Sendo assim, cabe frisar que para cada tipo de construção ou reconstrução é necessário analisar e planejar a aplicabilidade da argamassa para a determinada obra, evitando possíveis consequências ou danos no futuro.
2.3.2 ARGAMASSA COM GESSO
A argamassa com gesso é concebido segundo a RILEM- União dos Laboratórios e Consultores em Materiais, Sistemas e Estruturas da Construção (1982) como “Material pulverulento, constituído predominantemente de hemidrato ou de uma mistura de sulfatos (hemidrato, anidrita ou gipsita), um baixo valor percentual de água livre e substâncias consideradas como impurezas: carbonato de cálcio e de magnésio, argila-minerais e de sais solúveis”.
De acordo com Roman (2001) o gesso utilizado para revestimento tem como propriedade o endurecimento rápido, elevada produtividade, boa aderência a materiais metálicos e minerais, ausência de retração por secagem, excelente acabamento superficial, pequenas espessuras de revestimento Pequenas espessuras de revestimento, material leve, baixa condutividade térmica, mantém o equilíbrio higrotérmico do ambiente, baixo consumo energético na produção e possibilidade de aproveitamento dos resíduos.
Em contrapartida o autor ressalta algumas limitações do emprego de gesso como a solubilidade elevada em água, o desenvolvimento de bolor, a não contribuição para a fixação de dispositivos de carga suspensa, a sensibilidade a presença de umidade, a corrosão de metais em contato, e o alto custo de transporte do material (ROMAN, 2001).
De acordo com o autor o emprego o gesso como revestimento é determinado pela NBR 13207 / 1994, “como um material moído em forma de pó, obtido da calcinação da gipsita, constituído predominantemente de sulfato de cálcio, podendo conter aditivos controladores do tempo de pega” (ALVES, 2010, p. 37).
Entretanto, Beichel (1997) frisa que o emprego de argamassas de gesso como revestimento no Brasil ainda não é comum no mercado, por outro lado o emprego de revestimentos em pasta de gesso tem maior aceitabilidade e custo menor o que possibilita seu uso como maior frequência.
Sendo assim, as antigas e atuais normalizações recomendam a argamassas de gesso para a primeira camada de revestimento, e para o acabamento superficial em pasta de gesso para acabamento interno.
2.4 PATOLOGIAS E PRINCIPAIS CAUSAS DE DEGRADAÇÃO
Guimarães (2002) expõe que as patologias ou anomalias na Engenharia Civil é o termo empregado nas construções para as manifestações, suas origens, aos mecanismos de ocorrência das falhas e defeitos que provocam desequilíbrio na segurança e na saúde da construção. A Patologia das Construções se referem a um conhecimento frequente no campo das edificações, sendo indispensável para todos que trabalham na construção, indo desde um operário até o engenheiro e o arquiteto.
De acordo com Fiorito (2007), as anomalias ou patologias mais comuns na Construção Civil são tipificadas e conceituadas, em termos de revestimento, seguindo às características construtivas modernas e decorrentes do excesso de economia na execução das construções. Os autores consideram ainda, a má qualidade da mão de obra, responsável por muitas das patologias verificadas e a vida útil de uma construção, então, depende de cuidados tomados na fase de execução. Igualmente importantes estão os cuidados nas fases de projeto e manutenção.
Segundo esclareceu Figuerola (2013), as patologias dos revestimentos de paredes apresentam-se de diversas formas, todas elas resultando na impossibilidade de cumprimento das finalidades para as quais foram concebidos, especialmente no que diz respeito aos aspectos estéticos, de proteção e de isolamento sendo um efeito imediato, a desvalorização do imóvel. Assim, fica claro que o conhecimento da origem das patologias é uma importante ferramenta para diagnosticar as causas das falhas do sistema de revestimento.
Nesse sentido, podem classificar-se em quatro tipos conforme Silva (2006):
Congênitas – são aquelas originárias da fase de projeto, em função da não observância das normas técnicas, ou de erros e omissões dos projetistas, que resultam em falhas no detalhe e concepção inadequada dos revestimentos. São responsáveis por grande parte das avarias registradas em edificações. Construtivas – quando a sua origem está relacionada com a fase de execução da obra, resultante do emprego de mão-de-obra desqualificada, produtos não certificados, ausência de metodologia para assentamento das peças, o que, segundo pesquisas mundiais, também são responsáveis por grande parte das anomalias em edificações. Adquiridas – quando ocorrem durante a vida útil dos revestimentos, sendo resultado da exposição ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da agressividade do meio, ou da ação humana, em função de manutenção inadequada ou realização de interferência incorreta nos revestimentos, danificando as camadas e desencadeando um processo patológico. Acidentais – caracterizadas pela ocorrência de algum fenômeno atípico, resultado de uma solicitação invulgar, como a ação da chuva com ventos de intensidade superior ao normal e até mesmo incêndio. A sua ação provoca esforços de natureza imprevisível, especialmente na camada de base e sobre as juntas, quando não atinge até mesmo as peças, provocando movimentações que irão desencadear processos patológicos em cadeia (SILVA, 2006, p. 54).
Dessa maneira, certo tipo de patologia pode ter origem em falhas na fase de projeto, quando os materiais escolhidos não são compatíveis com as condições de uso, a ausência de um estudo cuidadoso das interações do revestimento com outros elementos do edifício levam aos erros na fase de execução. Sem esquecer quando a mão-de-obra não é especializada ou quando, não há um adequado controle do processo de produção (SILVESTRE, 2006).
Dessa forma, Hirschfeld (2006) explica as principais causas de degradação dos rebocos. Observa-se que a literatura referencia às anomalias em acabamentos, particularmente em reboco de paredes de edificações antigas, uma vez que as intervenções de reabilitação podem estar relacionadas com anomalias desta natureza.
Ressalta-se que muitas patologias ocorrem também em construções novas, e as vezes logo após a execução, baseando-se em Figueirola (2013), tem-se na tabela 02 as principais anomalias que serão mais bem exemplificadas no capítulo 4, foco deste estudo:
Tabela 02 – Patologias no Reboco
ANOMALIALOCALIZAÇÃOCAUSAS
FENDILHAÇÃOParedes rebocadasFendilhação do próprio suporte. Retração das argamassas constituintes
DESAGREGAÇÃORebocos fracos, com baixa resistência mecânica (rebocos de argamassas de cal), principalmente quando existem pinturas permeáveis ao vapor de água.Efeito da humidade no percurso que faz no interior da parede transportando sais, que depois de dissolvidos, cristalizam com a evaporação da água, atingindo a superfície da parede. A cristalização provoca, sucessivamente, o intumescimento dos rebocos, o seu empolamento, fendilhação e desagregação.
ESMAGAMENTOParedes rebocadas com baixa resistência mecânica (rebocos de argamassas de cal), principalmente em paredes bem construídas, onde se aplicam pedras de reforço sob as zonas de aplicação de forças.Desenvolvimento de tensões muito elevadas sobre o reboco, devidos a compressões excessivas.
FISSURASParede rebocada com cimento e areia.Causas decorrentes do traço da argamassa. Observam-se fissuras e deslocamento quando esta camada é excessivamente rica em cimento (proporção 1:2 em massa, por exemplo), condição agravada quando aplicada em espessura maior de 2 cm.
DESLOCAMENTOParedes rebocadas onde uma camada do revestimento aplicada sobre outra impregnada de um produto orgânico, o qual impede a penetração da nata do aglomerante.Deslocamento de revestimento aplicado sem chapisco. A aderência se dá pela penetração da nata no aglomerante nos poros da base e endurecimento subsequente. Consequentemente vai depender da textura e da capacidade de absorção da base, bem como da homogeneidade dessas propriedades.
RETRAÇÃOParedes rebocada com cimento e areia.Para argamassa contendo cimento, se o tempo de endurecimento e secagem da camada inferior não é observado antes da aplicação da camada superior, a retração que acompanha a secagem da camada inferior gera fissuras, com configuração de mapa, na camada superior.
INFILTRAÇÃO/ BOLOR/ EFLORESCÊNCIAParede, laje rebocada. A argamassa nos pontos empolados é pulverulenta e facilmente removível. A alvenaria frequentemente exposta ao sol favorece a formação do bolor.A infiltração de água através de alicerces, lajes cobertura mal impermeabilizadas ou argamassas de assentamento magras manifesta-se por manchas de umidade, acompanhada ou não pela formação de eflorescência ou vesículas.
Fonte: Adaptado de Fiorito (2007) e Figueirola (2013).
Conforme os autores essas patologias podem ser visíveis a olho nu em qualquer obra ou edificações, tendo em vista que suas ações são externas. Sendo assim, pode-se afirma que todos os tipos de danos de revestimento têm importância do ponto de vista da economia e satisfação do usuário. Com relação a preocupação do usuário com o custo do reparo do revestimento, pode também ser citada a sensação desagradável do mesmo precisar coexistir com um ambiente visualmente antiestético.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente trabalho se desenvolve partindo da temática da patologia nas construções civis abordando o tema: patologia em revestimento de argamassa de gesso, destacando o as principais ocorrências de patologias em revestimentos e aplicação de argamassa.
O objeto de estudo dessa pesquisa como citado anteriormente está relacionado com as patologias em construções civis que segundo Fonseca; Silva; e Monteiro (2015) trata-se dos processos de degradações naturais que ocorrem nas estruturas de construções ou obras que agravam e obriga a necessária uma intervenção de engenharia para reverter os danos.
A pesquisa diante desse aspecto a pesquisa trata-se de uma revisão literária de caráter descritivo que de acordo com Gil (2002, pág. 42), a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial “a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”.
Quanto à pesquisa bibliográfica ou revisão literária Amaral (2007) afirma que essa metodologia é uma etapa fundamental em todo trabalho científico e contribuirá para o embasamento teórico de todo e qualquer estudo, uma vez que, consistem no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa.
As ferramentas utilizadas para responder os objetivos da pesquisa foram os dados eletrônicos do Lilacs na coleta e seleção de artigos, livros e publicações que abordam a temática da argamassa e as patologias nas construções civis. A avaliação dos dados ocorre mediante a análise bibliográfica comparativa dos estudos científicos de forma hipotético-dedutiva e exploratória observacional, comparando os resultados de pesquisas já publicadas confrontando com o embasamento bibliográfico para atenuar e testificar os resultados da pesquisa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DA PATOLOGIA EM REVESTIMENTO DE ARGAMASSA DE GESSO E AS PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS DE PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS E APLICAÇÃO DE ARGAMASSA.
Essa sessão discorre os resultados da pesquisa onde os dados coletados foram analisados para apresentar de forma sucinta os resultados, a fim de responder ao objetivo da pesquisa, de analisar as causas das patologias em reboco que utilizam gesso, o estudo comparou bibliografias como Tozzi, Baia e Sabbatini, Miranda, Azevedo, Carasek, Veiga, Zulian, entre outros.
Dessa forma, percebe-se que a argamassa tem origem nas civilizações antigas como Astecas, Antiga Galileia e Roma, sendo utilizada na construção de abrigos. O processo evolutivo da argamassa possibilitou grandes mudanças na forma de construir. As construções civis inovaram e deixaram o antigo método tradicional de preparação das argamassas nos canteiros de obras e passaram a fazer uso das tecnologias para a produção industrial de argamassas de construção.
No entanto, esse processo apesar de contribuir de forma positiva para a construção civil, por outro lado possibilitou também o aparecimento de anomalias, tendo em vista que muitas obras não cumprem as normalizações para o bom uso desse material.
Nesse sentido, para melhor compreensão do uso da argamassa, busca-se entender que a mesma é utilizada em revestimentos ou acabamentos consistindo a aplicação dos materiais que finalizam as superfícies de uma obra. Dessa maneira a NBR 13279 estabelece que o revestimento constitui a aplicação da argamassa como acabamento decorativo para a finalização da obra considerando assim, três tipos de revestimento como os de paredes, pisos e forros ou tetos.
Partindo dessa definição pode-se classificar a argamassa mediante sua função. Visto que a argamassa tem papel de propor aderência em superfície lisas facilitando o acabamento ou aplicação de outra camada, sendo muito utilizada no chapisco, emboço e reboco e em todo processo de acabamento da obra.
Sendo assim, a argamassa utilizada em revestimento é composta da mistura de aditivos minerais, agua e areia tendo como função a aderência e o endurecimento do material utilizado nas construções civis.
Considerando a funcionalidade da argamassa, é importante ressaltar que a mesma é utilizada na construção de alvenarias, em revestimento de paredes, tetos, pisos, cerâmica, e recuperação de estrutura. As argamassas são eficientes em assentamentos, fixação, vedação, contrapiso, colante, rejunte, e reparos.
De acordo com os autores a argamassa está dividida em hidráulica natural e artificial, argamassa de cimento, aérea aditiva, de cal aérea e cimento, utilizada principalmente em paredes de edifícios antigos para recuperação e fortalecimento da estrutura da obra.
CONCLUSÃO
Com relação às patologias presentes nas construções, a pesquisa estabelece seu vínculo com a argamassa a partir da sua utilização e tipologia. Como o reboco de argamassa que consiste na composição de areia fina e cal hidratada, sua função é diminuir a porosidade, preparar a superfície para a pintura, proporcionando um aspecto agradável e estético.
Reforçando o conceito das patologias ou anomalias na Engenharia Civil os autores afirma que esse termo é empregado nas construções para as manifestações, suas origens, aos mecanismos de ocorrência das falhas e defeitos que provocam desequilíbrio na segurança e na saúde da construção.
O reboco de argamassa facilita o acabamento, pois trata-se de um revestimento fino, porem se seu preparo não obedecer as normas de aplicação poderá ocasionar patologias como fissuras, rachaduras e escamação do concreto.
Reforçando essa perspectiva ressalta-se que a composição da argamassa para revestimento e reboco compreende em geral de cimento, cal, areia, água e eventualmente aditivos.
Os autores ressaltam ainda que para evitar possíveis aparecimentos de patologias nas obras, é necessário que a superfície a ser revestida esteja adequadamente áspero, absorvente, limpo e também umedecido no momento da aplicação do reboco de argamassa.
Dessa forma, a NBR 13749 (ABNT, 1996) ressalta que as argamassas de reboco e revestimento quando utilizada de forma adequada desempenham um papel preponderante na preservação e na estanqueidade das paredes, especialmente no que se referem às paredes antigas.
Com relação a argamassa com gesso que de acordo com os autores é o tipo de argamassa que mais apresenta possibilidade de ocorrência de patologias nas obras, devido a utilização de material de hemidrato ou de uma mistura de sulfatos em sua composição, apresentando um baixo valor percentual de fácil solúvel ao contato com a umidade.
Por outro lado, o gesso ultimamente devido suas propriedades de aderências tem sido um material muito utilizado em construção e sua maleabilidade fazem da argamassa deste ligante um bom material para a execução de pormenores decorativos em paredes e tetos, assim como fazer o estuque que reveste as paredes.
Segundo as análises literárias as patologias dos revestimentos apresentam-se de diversas formas, e podem está presentes tanto no reboco de argamassa, quanto na argamassa de gesso. Pois essas patologias resultam da impossibilidade de cumprimento das finalidades para as quais foram concebidos, especialmente no que diz respeito aos aspectos estéticos, de proteção e de isolamento sendo um efeito imediato, a desvalorização do imóvel.
Assim, o conhecimento na aplicabilidade da argamassa tanto de reboco, quanto de gesso possibilita diagnosticar as causas das falhas do sistema de revestimento que dão origem das patologias no revestimento.
Segundo os autores as patologias podem ter origem ainda na fase inicial da obra, na fase de projeto, ou na escolha dos materiais que não são compatíveis com as condições de uso, bem como na ausência de um estudo cuidadoso das interações do revestimento com outros elementos do edifício que podem ocasionar erros na fase de execução. Todavia não pode esquecer também da mão-de-obra especializada para que haja um adequado controle do processo de produção do material a ser utilizado.
Compreende-se assim, que para prevenir o surgimento de manifestações patológicas, é importante conhecer os fatores internos externos da região onde será executada a obra, observando as características dos materiais, a adequação de uso ao local, as normas de segurança e qualidade dos canteiros, a utilização de mão-de-obra treinada.
Diante do que foi apresentado conclui-se que todos os tipos de danos ou patologias presentes nos revestimentos, independente do material utilizado, são fruto da inadequada aplicação desse material. E as consequências desses danos atinge os aspectos econômicos e satisfatórios do usuário, gerando um alto custo de reparo e uma sensação desagradável para o ambiente de habitação.
REFERENCIAS
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[1] Estudante de Engenharia Civil, Centro Universitário do Norte – Uninorte.
[2] Orientador. Graduado em Engenharia civil e arquitetura.
[3] Mestre em engenharia civil.
Enviado: Março, 2019
Aprovado: Maio, 2019
RECURSOS TECNOLÓGICOS NA ENGENHARIA CIVIL: VIABILIDADE DO USO DO TRANSPORTADOR E PROJETOR DE ARGAMASSA
Por
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RC: 8234 -21/05/2017
OLIVEIRA, Luís André da Silva [1]
ALMEIDA, Hilton [2]
OLIVEIRA, Luís André da Silva; ALMEIDA, Hilton. Recursos Tecnológicos na Engenharia Civil: Viabilidade do Uso do Transportador e Projetor de Argamassa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 02, Vol. 01. pp 349-359, Abril de 2017. ISSN 2448-0959
RESUMO
Este trabalho enfoca estudar a comparação do método convencional e o método inovador de projeção de argamassa, análise da produtividade, qualidade e tempo de ciclo de execução dos serviços citados acima, a partir de informações coletadas em trabalhos pesquisados. A comparação da produtividade e qualidade das atividades realizadas nos canteiros de obra define o desempenho atual quanto aos serviços a serem realizados, assim como definem os fatores que fazem com que exista variações na produtividade na construção civil de um dia para outro em um mesmo canteiro ou em canteiros diferentes, mostrando a viabilidade e os impactos positivos e negativos do projetor e transportador de argamassas. Simultaneamente às atividades, existem poucos estudos que abordam de forma organizada os possíveis ganhos em eficiência proporcionados pela mecanização dessa atividade.
Palavras-chave: Projeção de Argamassa, Produtividade, Construção Civil.
1. INTRODUÇÃO
A busca de soluções para o aumento da competitividade e produtividade das empresas de engenharia civil tem sido o argumento de muitos profissionais para enfrentar os desafios colocados em relação à qualidade e preço de venda dos empreendimentos, utilizando métodos de gestão que envolvam além das técnicas e sistemas construtivos, entre as possíveis ações utilizadas, atraindo muitas empresas construtoras permitindo uma evolução constante e, dependendo a empresa, partindo de sua cultura possuindo união com outras atividades, como a implantação de sistemas de qualidade, integrando setores da construção civil evidenciando a melhora e o desempenho dos setores. A busca por melhorias no desempenho do processo e na qualidade da argamassa tem sido abordada em várias discussões sobre sua aplicação e racionalização da fabricação, do transporte e da utilização da argamassa, dispondo de procedimentos, equipamentos e ferramentas, contribuindo na economia e na conscientização da produção, obtendo ganhos de produtividade e qualidade.
A produção de revestimentos de argamassa, na prática, ainda detém baixos índices de produtividade, elevados percentuais de perda, alta variabilidade e problemas de qualidade do produto. A falta de uma gestão efetiva do processo produtivo, a baixa racionalização e industrialização e a dependência da habilidade e do conhecimento do operador são características do processo de produção que ainda predominam nas obras.
No Brasil, algumas empresas no ramo da construção civil já utilizam a tecnologia a seu favor para a produção de argamassas em seus canteiros, mas, em contra partida, a maioria ainda utiliza a mão-de-obra manual para atividades que poderiam utilizar maquinários para ajudar na produção e nas aplicações. A qualidade e produtividade na aplicação do revestimento, quando aplicado de forma manual apresenta uma alta variabilidade e altos índices de perdas, muitas vezes impedindo uma boa evolução da obra, refletindo no prazo de execução.
Para melhorar o desempenho da produção e evitar desperdícios, as empresas estão adotando o uso de projetores mecânicos, havendo a necessidade de avaliar o desempenho do equipamento em todo o sistema produtivo.
A baixa qualidade e produtividade observadas no processo tradicional de produção de revestimentos de argamassa indicam que a solução não é apenas tecnológica, mas deve investir no conhecimento e no aperfeiçoamento da mão-de-obra que estão executando a atividade e tem que partir da gestão, através de mecanismos de planejamento e controle da produção.
O objetivo geral dessa pesquisa é analisar as vantagens e desvantagens do Transportador e Projetor de Argamassas nas mais diversas construções em São Luís – MA e como específicos pesquisar em atividades na construção civil se poderá ser executado; comparar os métodos construtivos com mão-de-obra convencional e a utilização do equipamento; discutir as problemáticas conforme a realidade local e apresentar vantagens e desvantagens de logística e de custos quanto ao uso das metodologias a serem utilizadas. A justificativa será referente a abordagem da relação da atividade da mão de obra, onde é cada dia menos produtiva e mais escassa e a utilização do equipamento no canteiro, apresentando a comparação do custo e benefício, o material a ser utilizado para realização da atividade com o maquinário, locais de aplicações, média de produção diária entre eles. Este estudo é fundamental para apresentar para as empresas que trabalham nas construções de grandes empreendimentos o processo de aplicação de métodos eficientes, com pouco desperdício de materiais, trabalhando em grandes, acelerando o prazo de execução nas áreas de reboco e chapisco, obedecendo ao cronograma para que sejam entregues conforme planejado para a satisfação dos clientes, diminuindo a quantidade de defeitos na interface entre a argamassa e a superfície, eliminando o problema de variação causada quando aplicada manualmente, quanto ao volume de argamassa aplicada minimizando o ar que fica armazenado entre as camadas no momento da aplicação e os gastos com manutenção pós-ocupação.
2. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Na construção civil, especificamente no ramo da edificação, ao longo dos anos, ocorreram grandes progressos na introdução e difusão das novas tecnologias, envolvendo materiais, equipamentos e componentes, com realização de pesquisas e a disseminação de novas técnicas construtivas. Algumas inovações podem não ser consideradas revolucionárias ao ponto de mudar a base de todo sistema de produção, gerando ganhos de produtividade, qualidade e confiabilidade.
De acordo com Silva (2000), “a adoção de novas técnicas, novos materiais e melhoria no processo construtivo têm como efeito menos trabalho realizado no canteiro de obras, aumentando a parcela de tarefas realizadas no escritório e em fábricas de componentes”.
Uma parte substancial do trabalho artesanal típico da construção civil será substituída pela montagem de componentes, que requer menos esforço físico e novas competências profissionais.
Inovar é descobrir, imaginar, criar ou melhorar, prever, analisar, programar e orçamentar, depois investir e correr riscos, ou ainda convencer, motivar, organizar, negociar, ultrapassar os obstáculos, enfrentando as resistências mesmo psicológicas ou burocráticas, contra a inércia ou a concorrência desleal, e mesmo se expor às mesquinharias; enfim, é aproveitar a vantagem que representa a introdução da novidade. (BARREYRE, 1975 apud SANTOS, 2003, p.18).
Atualmente, as inovações tecnológicas servem como parâmetros de competitividade entre as empresas. No contexto da construção civil, há uma relação direta com a nova mentalidade, havendo o entendimento que processos e métodos que precisam ser melhorados, tornando-os provisórios.
Caracterizam-se as inovações tecnológicas pela criatividade e introdução de soluções e respostas primárias para necessidades e dificuldades identificadas na empresa, envolvendo elementos nos níveis de produção, serviços, rotinas e procedimentos, pois a capacidade de inovar está relacionada com a capacidade de percepção e antecipação das necessidades sociais, mantendo os seus valores.
3. GERENCIAMENTO DE OBRAS
O gerenciamento de obras garante ao longo do tempo planejamento, execução e finalização que todas as atividades compostas no projeto, estejam sendo executadas dentro das diretrizes e metas já estabelecidas.
Os recursos aplicados diretamente são de suma importância, pois seu gerenciamento ao longo do tempo de execução garante um produto final que se enquadra no plano de condições de planejamento.
Segundo Silva (2011), “O gerenciamento é um processo contínuo e dinâmico ao longo de todo o tempo de execução e se desenvolve e se organiza de acordo, com um trabalho em equipe, onde o fator humano e técnico é fundamental, e o foco será sempre o objetivo planejado”.
A equipe de gerenciamento é o fator principal para que se tenha um bom desenvolvimento e controle da produtividade da mão-de-obra, da qualidade final dos serviços e na criação de indicadores e índices de composição, criando assim um banco de dados para a empresa, essa equipe também tem um papel importante nas tomadas de decisões e na implantação do projeto.
O gerenciamento ocorre dentro e fora do canteiro de obra, possuindo a empresa que gerencia do empreendimento compõe-se dos setores administrativo, financeiro, comercial e de produção.
Planejar é traçar objetivos e metas, visando o sucesso do projeto, ou seja, é o futuro planejado. Gerenciar é realizar os objetivos e as metas, alcançando o sucesso planejado, ou seja, é o presente gerenciado a cada dia.
Planejar o futuro e gerenciar o presente em função de um planejamento passado e complexo existindo variáveis que interferem positivamente ou negativamente no decorrer do tempo de execução do projeto. Para atingir todos os seus objetivos, o projeto, desde a execução até a sua conclusão, deve seguir um planejamento e possuir um bom gerenciamento, sendo essas as principais ferramentas de sucesso de projeto.
4. REVESTIMENTO DE ARGAMASSA
Argamassas são materiais de construção, com propriedades de aderência e endurecimento, obtidos a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água, podendo conter ainda aditivos e adições minerais. As argamassas são materiais de construção que tem na sua constituição aglomerantes, agregados minerais e água.
Conforme Moraes, “mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendo ou não aditivos, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou instalação própria”.
Quando recém misturadas, possuem boa plasticidade, enquanto que, quando endurecidas, possuem rigidez, resistência e aderência.
4.1 Funções da argamassa
Segundo Moraes, “as funções da argamassa são: os revestimentos, assentamentos, rejuntamento, colante, regularização de piso (contrapiso), argamassa armada e recuperação de estrutura”.
As argamassas são utilizadas para elevação de paredes, chapiscos, rebocos de muros de tijolos ou blocos, possuindo as seguintes funções:
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Unir as unidades de alvenaria de assentamento estrutural, convencional e de acabamento ajudando a resistir aos esforços mecânicos causados pelos trabalhos (consistência, plasticidade, retenção de água e estabilidade volumétrica) ocasionados pelas energias laterais;
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Distribuição uniforme das cargas atuantes na parede por toda a área resistente dos blocos através de sua aderência;
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Absorção das deformidades naturais a que a alvenaria estiver sujeita;
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Selar as juntas pelas atividades de chapisco, emboço e reboco através da resistência mecânica.
A argamassa de revestimento é utilizada para revestir paredes, muros e tetos que irão receber algum tipo de acabamento, como pintura, revestimentos cerâmicos etc. A de assentamento são aplicadas em elevações de paredes de tijolos ou blocos. A função da argamassa de rejuntamento é vedar as juntas entre as cerâmicas e, caso tenha alguma deformidade ou defeito na aplicação, serve como ajuste. A colante serve para aderir a cerâmica ao piso além de possuir algumas características da argamassa de rejuntamento. A argamassa do contrapiso tem a funcionalidade de regularização da superfície que receberá o piso antes do acabamento.
A argamassa a ser utilizada para realizar a atividade será a industrializada, seguindo as especificações referenciais para utilização da máquina, diminuindo os custos direto e indireto comparando com a argamassa trabalhada manualmente, levando-se em consideração o custo dos insumos, equipe de apoio, a disponibilidade de espaço no canteiro de obras para a produção e armazenagem de materiais a serem utilizados no revestimento e a interferência no transporte vertical. O seu armazenamento pode ser feito em sacos de 50 Kg em lugar seco e arejado ou em silos verticais para melhor aproveitamento na dosagem da argamassa, quando o canteiro não suportar uma central de produção e armazenagem dos insumos utilizados na produção da argamassa.
4.2 Metodologia de aplicação
Os sistemas de projeção mecânica de argamassas foram desenvolvidas para garantir maior qualidade, aceleração, economia no transporte e execução e velocidade na aplicação dos revestimentos.
Paravise (2007 apud CORRÊA 2010), “a produção de revestimentos de fachada muitas vezes é um gargalo na produção da edificação, refletindo-se no prazo de execução. Para melhorar o desempenho da produção, as empresas adotaram o uso de projetores mecânicos”.
As bombas de argamassa são utilizadas no transporte e aplicação mecanizada de argamassa para a produção de revestimento. Elas conduzem o material sob pressão do tanque da bomba até a pistola, por um mangote, e o compressor de ar projeta a argamassa.
5. PROJETOR DE ARGAMASSA
Os projetores de argamassa são utilizados para trazer uma maior qualidade e velocidade na aplicação do revestimento e garantir uma força constante nas aplicações, acelerando o prazo de execução do revestimento trazendo economia nos custos na projeção e no transporte da argamassa.
A argamassa é transportada pela mangueira produzindo um bombeamento médio, incluindo a aplicação nos tijolos ou blocos em alvenaria estrutural, de até 2 m³/hora, com alcance da projeções horizontais de até 60 metros e verticais de até 50 metros subindo e 60 metros descendo, dependendo do tipo de argamassa.
Com uma equipe de produção de 5 pessoas podemos chegar a um bombeamento e projeção do chapisco de 6 m² por minuto (360 m² hora – mais de 3.000 m² por dia) e a projeção do reboco, produção de até 70 m² por hora.
5.1 Perdas de materiais
Na construção civil, quando se utiliza a mão de obra nas atividades convencionais no preparo do concreto e da argamassa, transporta-se o material em carros de mão, existindo uma perda considerável em seu transporte. Com a utilização da máquina, o desperdício é quase zero, pois a matéria-prima é armazenada em silos, processada e seu transporte é feito por mangotes até a pistola para ser realizada a atividade.
Diferentes estratégias vêm sendo implementadas na busca de maior eficiência na atividade de produção de empreendimentos. Dentre essas estratégias podemos citar a racionalização, que é vista como um elemento de vital importância em todos os processos da construção civil (Corrêa apud Franco, 1996).
Segundo Corrêa apud Paravisi (2007), “um dos argumentos favoráveis ao uso de sistemas com projeção mecânica de argamassa é que apresentam menores índices de perdas que os sistemas convencionais”.
O transporte de materiais é uma atividade que, embora não agregue valor na construção civil, corresponde a aproximadamente 80% das atividades de construção.
O primeiro passo para o entendimento e estudo de um sistema de transportes é a percepção de que se pode subdividi-lo em “ciclos” que, embora interajam entre si, podem ser avaliados individualmente (SOUZA; FRANCO, 1997).
5.2 Qualidade do revestimento
Com a utilização da máquina, a variação dos processos no chapisco e reboco é reduzida, sendo empregado com maior homogeneidade melhorando o resultado final, dependendo da habilidade do operador. A argamassa fica mais compacta, diminuindo os vazios que não são preenchidos, eliminando o problema gerado pela variação da força humana tornado-se mais resistente à aderência e será mais uniforme.
Paravise (2007 apud CORRÊA 2010), embora a aplicação mecânica de argamassa tenha potencial para gerar melhorias na qualidade do revestimento, principalmente quanto à resistência, aderência à tração e à permeabilidade à água, a simples adoção de bombas de argamassa não garante a qualidade do produto final.
Além disso, o revestimento executado com bomba apresentará um número reduzido de fissuras comparado aos sistemas convencionais, onde, nos locais de aplicação, apontarão intensa fissuração por retração.
No entanto, haverá problemas de descolamento onde a superfície de aplicação será a estrutura de concreto e terá baixa resistência de aderência. A boa qualidade final do emboço externo refletirá diretamente no assentamento das pastilhas pela boa área plana que é formada após o corte do excesso de argamassa.
5.3 Pontos positivos e negativos
Como quaisquer equipamentos, existem alguns pontos positivos e negativos referente à transportadora e projetora de argamassa. Podemos citar:
I – Pontos positivos
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Alta produtividade e qualidade (aderência e permeabilidade) da argamassa;
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Redução do custo da mão-de-obra de produção, já que a argamassa é industrializada;
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Rapidez na obra e redução da mão-de-obra braçal;
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Pouca produção de resíduos que geram desperdícios e sujeiras na obra;
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Requer menor controle de recebimento e de produção;
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Não necessita de central de produção, sendo que a argamassa pode ser misturada no pavimento onde será aplicada;
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Menor espaço para o armazenamento do material;
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Material homogêneo, pouco sujeito à variações;
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Dispensa a utilização de equipe de apoio;
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Não há conflitos no transporte vertical de outros materiais.
II – Pontos negativos
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O traço é específico para projeção, a argamassa seca mais rápido que o chapisco feito manualmente;
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A limpeza do equipamento tem que ser realizada a cada de atividade concluída. A falta da mesma acarretará no entupimento dos mangotes e da pistola;
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Pouco conhecimento de várias empresas em relação ao uso correto das funcionalidades do equipamento;
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Complexidade na montagem e regulagem do equipamento.
6. COMPARATIVO ENTRE O MÉTODO CONVENCIONAL E A MÁQUINA DE PROJEÇÃO DE ARGAMASSA
Analisando os dois métodos na produção e aplicação da argamassa, podemos comparar da seguinte forma:
a) O transporte do produto final feito manualmente possui perda no caminho entre a betoneira e o local de aplicação. Na aplicação mecânica a argamassa parte dos silos de armazenagem, passando pelos mangotes até a pistola para sua aplicação final, possuindo menos atividades que não agregam valor no produto final;
b) O desempenho no sistema amOooooooooooO desempenho na produção pelo sistema manual pode se aproximar do potencial máximo de produtividade, com alto quantitativo de pedreiros e serventes, havendo competições entre eles na medição de sua produção. No sistema mecanizado, a equipe é reduzida e sua produtividade passa a ultrapassar o esperado;
c) Para execuções em alturas, há a redução de valores na locação de andaimes e a diminuição nos custos administrativos da empresa são exemplos de custos indiretos que se consegue diminuir pela redução prazo na execução da obra;
d) Com a variação de força aplicada pelo pedreiro, não terá homogeneidade na aplicação e causará bolhas, diminuindo sua resistência e, futuramente, ocorrerá alguma patologia no local da aplicação. O processo com o equipamento a aplicação é constante e uniforme;
CONCLUSÃO
Conclui-se que nesta pesquisa o uso da máquina tem seus prós e contras no mercado, identificando as dificuldades e os benefícios para implementar o sistema mecanizado que foi pesquisado. O sistema de bomba de projeção de argamassa apresentou um ganho de produtividade sobre o sistema manual, reduzindo com isso o prazo de execução da obra. É importante ressaltar que quando novas tecnologias são implantadas é comum que, no início dessa implantação, haja uma menor produtividade, pois se necessita de um tempo para treinamento dos colaboradores, cujo, não sabem operar o equipamento, ajustes e adequação da projeção mecanizada do sistema, para execução de reboco apenas para chapisco o que levaria a empresa a ganhos de produtividade e redução do tempo de ciclo. Outro ponto negativo do sistema detectado foi na hora da limpeza do equipamento, uma das empresas não realizava a limpeza do equipamento no término dos serviços o que reduz o tempo de vida útil da máquina acarretando em prejuízo para empresa futuramente, a outra empresa realiza todos os dias os processos de limpeza corretamente, porém no término dos serviços quando sobrava um pouco de material no equipamento e os funcionários não estavam sendo supervisionado, o material era desperdiçado. Um dos benefícios importantes obtidos com o sistema mecanizado é a redução dos índices de perda, tanto na mistura quanto no lançamento, na mistura da argamassa com a água a máquina conta com um tipo de serrote a qual quando largado o saco de argamassa sobre a máquina parte o saco ao meio despejando o material dentro da máquina sem perda a qual a mesma faz a própria mistura, já no lançamento a máquina conta com um mangote reduzindo o número de processos das atividades e evitando possíveis perdas por transporte. Quanto ao padrão de acabamento sempre terá uma variação, pois o acabamento final ainda dependerá sempre da mão-de-obra manual, então essa variação ocorrerá, 52 quanto maior a capacitação do profissional que está realizando os trabalhos melhor o padrão de acabamento. Portanto conclui-se neste trabalho que o mercado de Chapecó está pronto para receber está inovação que vem surgindo com muita força nas capitais, pois existe uma grande demanda no processo produtivo fazendo com que a máquina tem um retorno financeiro esperado. Porém deve-se ter um cuidado a mais no planejamento das tarefas, preparação e qualificação dos funcionários havendo assim uma melhoria no processo de produção mecanizada a qual acarretara num aumento maior da produtividade, simplificação do número de processos, redução de trabalhadores no mesmo processo logo diminuindo o tempo de obra e dependendo menos da mão-de-obra braçal o que está cada dia mais difícil no setor da construção civil.
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[1] Aluno do 1° período do curso de Engenharia Civil da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
[2] Professor, orientador.